quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Yes!
Matanza mesmo já diz sabiamente: "Consequência qualquer coisa traz/ quando é bom nunca é demais/ e se faz bem ou mal, tanto faz... tanto faz...". E no final das contas, arrisque. Sim!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Papo de botequim
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Google is God
Para se ter uma idéia de toda essa confusão, os carros da GSV já fotografaram pessoas trocando de roupa dentro de carros, mulheres se prostituindo na rua, homens saindo de prostíbulos ou sex shoppings ou em companhia de garotas de programa. E aí quando a uma mulher entra no site, vê o marido dela saindo do motel com outra mulher, aí tá armado o barraco.
É nessa hora, meu caro leitor, que você dá aquela olhada de lado para ver se não estão te vigiando. Cuidado, lembre-se que o Google sabe tudo de você... Da proxima vez que sair às ruas tome cuidado, você pode ser a próxima vítima das cameras do GSV. Aliás, calma, não precisa ficar com tanto medo POR ENQUANTO. No Brasil, somente Belo Horizonte possui os carros com cameras, mas ainda não começaram a lançar imagens na internet, ainda estão em fase de testes e adaptações.
Sabe o que isso tudo me lembra? O livro 1984, do escritor George Orwell, que escreveu um livro no qual o "Big Brother", um sistema de vigilância governamental observava tudo e todos. A imagem do Tio Sam também pode ser bem simbólica nesse caso. Resumindo, "Google observa/ quer você".
Vamos usar o espaço de comentários para uma pequena troca de idéias? Acho que seria bem interessante ver o que a galera pensa sobre esse novo recurso desse chefão digital.
Porém, mesmo em meio às polêmicas, não podemos negar uma coisa: essa tecnologia é bem legal, facinante, pois ter uma visão 360º daquela cena me faz sentir no próprio Minority Report e também no DejàVu, filmes que mostram essa coisa de imagens em todos os ângulos.
Vamos lá vamos trocar uma idéia sobre isso aí.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Cannabis...
A exemplo do que acontece nos tradicionais coffee shops da Holanda, o Cannabis Café é o primeiro lugar em que os usuários da droga podem se reunir e consumi-la sem risco de ter problemas com a polícia, contanto que haja um registro da necessidade uso por motivos medicinais. Seu surgimento está sendo considerado pelas organizações que lutam pela descriminalização da maconha como um dos principais avanços recentes no país, um reflexo de maior tolerância por parte do governo do presidente Barack Obama.
“Sem dúvida o governo Obama tem ajudado nosso trabalho. Houve uma mudança clara e absoluta de política e interpretação da lei”, disse Allen St. Pierre, diretor da Organização Nacional pela Reforma das Leis de Maconha (Norml, da sigla em inglês), um dos principais grupos defensores da legalização da droga nos Estados Unidos e responsáveis pelo recém-inaugurado café, em entrevista ao G1.
“Apesar de Obama dizer ser contra a legalização total da droga, ele pode ser creditado pelas mudanças que relaxam a repressão à maconha medicinal”, disse. O governo dos EUA anunciou em outubro que não vai mais reprimir o consumo de maconha para uso médico nos Estados do país nos quais ele é permitido. Um documento pede aos procuradores para que não usem recursos federais contra "indivíduos cujas ações estão em cumprimento claro e inequívoco das leis estaduais existentes relacionadas ao uso médico da maconha".
Legalização
Para o diretor do grupo, a inauguração do café é um passo adiante no sentido da legalização da maconha. “Cinco anos atrás isso seria muito improvável; há dez anos era impossível e nem se podia pensar nisso há vinte anos. A cada ano há uma aceitação maior de reformas, e este é mais um exemplo”, disse.
Ele admitiu, entretanto, que é difícil imaginar que todo o país vai permitir o uso da droga em pouco tempo, até por questões constitucionais e culturais. Nos Estados Unidos, os Estados podem decidir de forma independente em relação ao uso medicinal de maconha e os governos de Alasca, Califórnia, Colorado, Havaí, Maine, Maryland, Michigan, Montana, Nevada, Novo México, Oregon, Rhode Island, Vermont e Washington autorizam seu consumo nestes casos.
“As coisas estão se desenvolvendo em bases locais, onde há uma aceitação cultural maior”, explicou. Segundo ele, o Norml não vai tentar abrir nenhum café de maconha em locais mais conservadores, como Kansas, Oklahoma ou Geórgia. “A a cultura é mais aberta em locais como Seattle, Portland, Berkeley, Oakland, Sao Francisco, Denver. São partes do país em que os cidadãos aceitam algumas formas de distribuição legal de maconha, ou formação de comunidades em que o consumo é permitido.”
Segundo ele, estes locais são os “laboratórios da democracia”, e a Califórnia, uma das maiores populações e economias do país, pode se tornar um exemplo a ser seguido por outros estados e até pelo governo federal. “A Califórnia está seguindo um caminho reformador no sentido da descriminalização da maconha. Não parece impossível e distante pensar sobre um esquema de controle e taxação até mesmo para o consumo não medicinal da maconha no estado."
Uso médico e recreativo
Todo o avanço na legislação relacionada ao uso de maconha vem acontecendo com base na lei de cannabis para uso medicinal, pois apenas as pessoas com indicação podem usar a maconha e participar de comunidades em que há o consumo de maconha. Os parâmetros para o uso de maconha medicinal são muito variados, e mudam de um estado para o outro, explicou St. Pierre. Em alguns lugares, há sistemas mais simples e fáceis, enquanto outros têm um controle mais sério.
“No Maine, por exemplo, as pessoas podem ter alguns gramas de maconha seca, além de poderem cultivar cinco pés dela, sendo três em estado de maturidade. Na Califórnia, as pessoas não recebem uma receita médica indicando o uso de maconha, mas apenas uma recomendação oral do médico, e esta recomendação é checada pelos centros que podem fornecer a droga legalmente, registrando o paciente e permitindo que ela tenha acesso à maconha.”
Até a inauguração do bar de Portland, o uso da droga não podia ser feito em locais públicos. O Cannabis Café, tecnicamente um clube privado, é aberto a qualquer residente do estado de Oregon que faça parte do grupo Norml e tenha uma carteira oficial do uso medicinal da maconha - 21 mil pessoas estão registradas desta forma no estado para tratar mal de Alzheimer, diabetes, esclerose múltipla e síndrome de Tourette. Os "sócios" pagam US$ 25 (cerca de R$ 44) por mês para usar o café, que tem capacidade para cem pessoas. Por este valor, eles terão direito a receber a droga gratuitamente de outros usuários. O bar também serve comida, mas nenhum tipo de bebida alcoólica.
Apesar de a discussão legal até o momento se concentrar nos lugares em que há o uso médico da droga, a Califórnia já prepara um avanço na questão, admitindo que os cidadãos votem uma medida que permitiria que as decisões passassem a ser tomadas pelos municípios. Segundo St. Pierre, a cidade californiana de Oakland, que chega a ser conhecida como Oaksterdam, em referência à capital da Holanda, já se prepara para buscar o direito de ser a primeira em que a droga paga impostos e pode ser consumida livremente por qualquer pessoa.
“Os cidadãos de lá já votaram pedindo que a maconha seja taxada e legal, mas é preciso que a lei estadual permita essa decisão. Isso está sendo discutido e vai precisar de uma mudança na lei estadual. Haverá uma consulta na eleição de 2010, para que os cidadãos digam se permitem que municípios possam legalizar o uso de maconha, se quiserem. ‘Oaksterdam’ já está se organizando para isso, mas é o único lugar que esta se estruturando para autorizar o uso recreativo.”
Exemplo holandês
O grupo Norml constantemente usa o exemplo da Holanda como comparação para argumentar a favor da legalização da maconha nos Estados Unidos. A legislação do país europeu permite que alguns lugares credenciados vendam a droga livremente. “Trata-se de um país ocidental com valores parecidos com os norte-americanos que aprendeu há muito tempo que a única relação real entre maconha e drogas pesadas, como heroína, cocaína, é o canal de distribuição. Quando se separam os canais de distribuição, a probabilidade de um consumidor de maconha passar para drogas mais perigosas é reduzido”, argumentou St. Pierre.
Na medida em que relaxou o controle ao uso medicinal da maconha, o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, deixou claro que a polícia e os procuradores continuarão trabalhando para punir os que usarem das leis destes estados para usar drogas ilegais ou traficar drogas.
FONTE: G1
domingo, 22 de novembro de 2009
Quem conta um conto...
Os 10 mandamentos - Deus x Moisés
Qualé moisa, firmex?
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
Magnânimo, de boa... cabei de chegar lá dos lados do egito... bicho pegou lá...
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
Tô ligado, não sou onisciente a tôa né mané?
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
Podicre (y)
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
e ae, qualé a boa?
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
seguinte, tenho uma bronca aqui pra você cuidar
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
manda
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
ó, dei vacilo com essa história de povo escolhido e os caralho
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
esses lokis são mais desorganizados que recuo de bateria
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
bateria? qe porra é essa?
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
desengana, num é da tua época (ainda)
ma entçao
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
bolei uma parada de mandamentos, pra ver se organizo essa zona ai
tu vai ter que colar aqui no monte sinai pq tô cuma preguiça da porra de desçer ae
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
caralho, sem equipamento de segurança? ai tu me fode...
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé diz:
ah, calaboca e chegai
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé envia:
Deus, Jeová, Javé, chame como quisé deseja compartilhar este plano de fundo com você.
montesinai.jpg
Aceitar(Alt+C) Recusar(Alt+D)
Você recebeu um plano de fundo com êxito de Deus, Jeová, Javé, chame como quisé.
Moisés - quer fugir do Egito? Pergunte-me como! diz:
pronto
e agora, colé?
para acabar de ler esse famoso diálogo por msn é só dar um clique aqui
Outras recriações de diálogos históricos estão sendo feitas pela galera do youtube. Aproveitando-se de uma cena do filme "A queda", com o áudio todo em alemão, internautas estão fazendo novas legendas da discussão. Temas como Calculo I e o polêmico vestido curto da aluna da Uniban vão parar na boca do poderoso líder do terceiro Reich...
Aqui vão alguns dos vídeos com as recriações históricas. Afinal de conta, cada um de nós faz parte da história, então por que não modificar um pouco da história ou contá-la do nosso jeito?
Let's cook a newspaper? pt. 2
Hoje tem palhaçada?
Tem, sim senhor
Não demorou muito: Gilmar Mendes atacou novamente. Depois de comparar jornalistas a cozinheiros, hoje foi o dia de soltar mais algumas pérolas. Como se não bastasse a derrubada da obrigatoriedade do diploma para jornalistas, Mendes indicou que isso deve acontecer com outras profissões. Ele não especificou quais, mas afirmou que a regulação só é "excepcional" quando há ameaça aos valores básicos ou à saúde, por exemplo.
Veja o texto original e os comentários aqui
Vale a pena ler os comentários feitos nesses textos.
Let's cook a newspaper?
Para começar aqui vai o texto do Tiago Gebrim, escrito em 18 de junho de 2009
E agora, diploma?
Dia 17 de Junho de 2009: por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal decide que para o exercício da profissão de jornalista não se precisa de diploma universitário. (Leia aqui)
As reações estão aí. Desde ontem a frase que mais ouço é: e agora, o que vou fazer com meu diploma? Alguns dizem que vão parar a faculdade, os mais idealistas procuram fatores positivos na decisão do Supremo (Supremo Tribunal Federal), outros vão usar o diploma como lenço. Ainda há os que falaram que vão prosseguir, mas sem entender exatamente o porquê – isso tem nome, é comodismo.
Pois é, como fica minha situação? Estou estudando exatamente pra quê? Bem, antes que alguém possa responder a minha pergunta eu mesmo já o faço, com o intuito de mostrar que eu sei bem a resposta. Se não soubesse, não faria muito sentido estar ocupando uma cadeira na graduação de Jornalismo. Estou estudando porque acredito na profissão. Estou estudando porque acredito que como profissional devidamente graduado (sendo jornalista, não “estando” jornalista) eu possa fazer diferença entre os demais. Estou estudando – arrisco a dizer ainda – porque acredito que ainda haja empresas decentes no campo da comunicação.
A eliminação da obrigatoriedade do diploma não invalida o diploma. Portanto, são duas classes de profissionais: os que são jornalistas formados (tem o jornalismo como profissão, não como serviço) e os que são jornalistas por oportunidade de estarem trabalhando em uma empresa jornalística (estão jornalistas, e o deixarão de estar tão logo saiam da empresa). Sem ser utópico, mas mantendo a leva otimista de pensamento, acredito – e preciso acreditar – que empresas sérias de comunicação, que prezem pelo seu nome, pelos seus profissionais e pelo seu trabalho, optarão por jornalistas que tenham o direito de se considerarem como tais – os formados em jornalismo.
Mas antes de começarmos a fazer planos, é preciso enxergar que a decisão não descerá assim, tão fácil, pela garganta dos milhares de estudantes de jornalismo e jornalistas já em exercício. Hoje mesmo, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, já revelou estar planejando um projeto de lei para tornar obrigatório o diploma. O deputado Miro Teixeira também se posicionou a favor da elaboração de uma regulamentação específica para os jornalistas que se encaixe dentro da Constituição. Ele mostrou claramente uma posição contrária à decisão do Supremo e criticou os ministros por não levarem em conta a evolução das profissões, lembrando que antigamente também não era necessário o diploma para se advogar em um tribunal e, hoje, não só é necessário o diploma como também “uma prova duríssima na OAB”. A própria OAB, aliás, também se posicionou a favor do diploma. (Leia aqui)
Em tudo o que aconteceu, o mais duro de aceitar foram os absurdos pronunciados por Gilmar Mendes – como que o mau exercício do jornalismo não oferece perigo à sociedade. Mas o presidente do Supremo chegou ao extremo da falta de sentido quando comparou o jornalista a um cozinheiro (nada contra a profissão), dizendo que um cozinheiro pode ser formado em um bom curso de culinária, mas nem por isso toda e qualquer refeição precisa de um culinário formado. Senhor Mendes, de onde brotaram essas parvoíces?! (Leia aqui)
Ainda por cima, bateram na tecla que em vários outros países, incluindo aí muitos europeus e até a vizinha Argentina, faz-se jornalismo de qualidade e sem necessidade de diploma. De fato. Mas nesses países, as empresas têm mais compromisso ético, as punições legais são severas (ou no mínimo aplicadas) e as instituições públicas não são presididas por pessoas que confundem profissões tão distintas (em sua relevância social e atribuições) como a culinária e o jornalismo.
Não estou conformado, e à minha maneira de pensar, a melhor maneira de mostrar essa indignação e lutar contra essa decisão irresponsável é prosseguir meu caminho na faculdade de jornalismo.
Veja o texto original e os comentários aqui
Vale a pena ler os comentários feitos nesses textos.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Ponto de Cultura ambulante
Rapaz, foi um boneco de ventriloquia que passou na minha escola. Passou um ventrículo e foi incrível que a primeira apresentação que ele fez eu não pude assistir porque tinha que pagar. Pagava muito pouco mais eu não tinha grana. E então ficamos eu e mais uns cinco alunos sem assistir, mas ouvíamos os outros rindo. E no final, quando voltaram para dentro da sala de aula comentaram muito sobre o boneco que falava e eu dizia: "Pô, como é que pode", fiquei impressionado com essa história, como é que pode um boneco falar, não conseguia imaginar. Só que no outro dia para minha surpresa o cara se apresentou novamente e de graça, para todo mundo. Foi maravilhoso. Eu corri e fiquei logo na primeira fila, sentado no chão. Ele começou a brincadeira, e chamou Juquinha, o boneco: "Juquinha acorda, acorda Juquinha, acorda", e o Juquinha nada, não acordava. Ele pedia para a galera gritar: "Acorda Juquinha!" e todo mundo gritava em coro "Acorda Juquinha!" e o boneco não acordava. Eu me levantei, fui até lá e dei um tapa na perna do Juquinha (risadas). Quase que eu derrubo o boneco com o bonequeiro e tudo. Aí, ele acordou assustado com aquilo e eu achei fantástico. Pensei que eu que tinha acordado o Juquinha. (risadas).
Em que cidade foi isso?
Isso foi em Taguatinga, que é uma região administrativa de Brasília, em uma escola pública, dessas muitas escolas que tem por lá.
Há quanto tempo você já está na estrada com essas apresentações?
Olha, aprendendo eu estou desde 1981, acompanhando outras pessoas que eu considero meus mestres. Depois, de 1981 a 1984 eu vivi pelo Nordeste, entre idas e vindas à Brasília, sempre procurando conviver com mestres da cultura popular, mágicos, palhaços, ventríloquos, camelôs, toda essa gente da rua. Em 1985, eu voltei a Brasília e montei o Mamulengo Presepada, que é a brincadeira que eu já faço há 24 anos.
E quais são os temas que você utiliza em suas apresentações?
Olha, são temas universais porque eles cabem bem a qualquer público, em qualquer lugar, qualquer cultura, além dos temas particulares daquela cultura onde estou me apresentando. Então, eu sempre procuro saber, no local onde vou me apresentar, o nome de algumas pessoas, algumas situações que acontecem ali para que dentro da brincadeira eu possa utilizar esses elementos. Assim, eu faço uma comunicação com o particular e ao mesmo tempo universal porque essas coisas vêm desde sempre e estão em toda parte.
Que tipos de bonecos você utiliza durante o show? Quantos são? Tem algum tipo específico?
Olha, na minha mala ficam mais ou menos uns 25 bonecos. Não quer dizer que eu vá apresentar todos eles, todas as vezes que eu abri-la. Eu posso apresentar cinco, dez, quinze, dependendo da brincadeira, de quanto tempo, da situação, da reação do público. Então, tudo isso é muito improvisado, no sentido de que existem muitas possibilidades. Improvisação não é você fazer o dá na cabeça na hora não. Improvisar é você ter um repertório muito grande de possibilidades de atuação e, naquela situação, você usa uma daquelas possibilidades. O público pensa que você está criando na hora que você está improvisando, quando na verdade você está utilizando uma das milhares de possibilidades que você tem para aquela situação. Eu entro no jogo aberto, eu não sei o que vai acontecer quando eu começo a brincar. Eu tenho que ter só um arsenal de coisas e aí eu vou usando de acordo com o sabor do momento.
Como são feitos esses bonecos? Qual matéria você utiliza?
Geralmente é madeira, que é um material resistente, mas pode ser também cabaça, tecido. São sempre materiais orgânicos. Eu nunca utilizo matérias plásticas ou sintéticas. Sempre são materiais orgânicos mesmo, madeira, tecido e metal.
E quanto tempo você demora pra fazer um boneco? Dependendo da cidade você cria um boneco específico?
Depende. Eu já terminei de almoçar, comecei a esculpir um boneco e às duas horas da tarde ele já estava pronto, porque eu queria fazer aquele boneco e ia brincar à tarde. E tem boneco que você leva anos e ele nunca fica pronto. Ele fica te acompanhando o tempo inteiro, mas ele nunca está pronto. Então depende muito, não tem um tempo estabelecido não. Pode ser muito rápido e pode demorar muito.
Por quais lugares você já viajou com esses espetáculos?
Já andei uns vinte países. O Brasil todo, todo, todo, e depois toda a América Latina. Um pouco da América do Norte, e depois a Europa. Falta ainda a África e a Ásia, que eu gosto muito e são lugares que eu pretendo ir ainda, na África e no Oriente.
Como você maneja os bonecos? Como é feito todo o trabalho na apresentação? Você sempre usa bonecos ou às vezes é só você no espetáculo?
Às vezes sou eu usando objetos, mas se você considerar o boneco como um objeto, ou um objeto como personagem, com essa força, com essa anima, com essa alma, pra mim é indiferente. Eu sei que o público distingue o boneco de um objeto, mas eu, quando estou brincando, não distingo. Eu tanto sei que o boneco é um objeto, como eu sei que um objeto tem vida. Aí eu brinco com isso. Então não tem uma maneira, uma técnica para que eu possa falar a respeito. Eu posso falar que com o tempo você vai aprendendo e com a prática você vai sabendo utilizar cada boneco, cada material ou apenas o próprio corpo e aí ele acaba se transformando num meio de expressão também, de acordo com o que todo o público sugere.
Você acredita que essas apresentações de mamulengo sejam eficientes em passar alguma mensagem para as crianças, ou ajudá-las em algum ensino?
Claro, pode ajudar as crianças a dizer "Não" (pequena risada), ajudar as crianças a... eu gosto muito de brincar, a brincadeira do mamulengo é a minha brincadeira. A minha brincadeira é bem pedagógica e as pessoas sempre perguntam isso. O boneco vai cuspir, escarrar, vai arrotar, vai peidar, vai fazer xixi, sabe, essa coisas orgânicas que o ser humano faz mas não gosta de falar, não comenta e muitas vezes reprime. E essa repressão a naturalidade que a gente tem pode causar problemas e até mesmo doenças. Então quando eu brinco e um boneco faz xixi na platéia, e a platéia se diverte a beça com isso, para mim eu estou exercendo uma função educativa, uma função pedagógica. Eu posso não ser politicamente correto para o gosto das professoras do ensino formal ou da maioria dos conservadores, mas com certeza, pelos anos de experiência, eu sei que essas provocações com as professoras e esse convite às crianças para que elas sejam mais espontâneas, eu tenho certeza que isso é educativo.
Você já trabalhou num projeto, um Ponto de Cultura, certo? Conta pra gente como foi esse período.
Eu considero que até hoje eu trabalho em um Ponto de Cultura. Até mesmo porque antes de existir esse nome "ponto de cultura", eu já era de um Ponto de Cultura. É questão de um nome que o Estado, o governo deu a uma coisa que a gente já fazia. Então o ponto de cultura não é uma criação nova e nem ela acabou e nem vai acabar. O Ponto de Cultura é um lugar em que as pessoas se reúnem pra fazer cultura, principalmente uma cultura de algum interesse social, que beneficie a comunidade. Isso foi muito bom. É muito bom que o Estado, que o governo apoie esses grupos para que eles possam se fortalecer e desenvolver bastante o trabalho que já vinham fazendo. Foi o que aconteceu com a gente, nós crescemos imensamente nesse período que tivemos convênio como Ponto de Cultura. Ainda estou dentro dessa rede de Pontos de Cultura, e tenho crescido bastante, conhecido muita gente que faz um trabalho parecido e que tem questões e problemas parecidos. A gente vai encontrando também soluções parecidas para esses problemas. E, sobretudo, o fim dessa sensação de que a gente é só, de que seu trabalho é inglório, que não vai mudar nada. Quando a gente entra na rede a gente vê que tem muita gente fazendo, que tem muita gente mudando e a gente muda também nossa postura.
Você disse que antes de ser dado o nome "Ponto de Cultura", você já se considerava um Ponto de Cultura. Então seria um Ponto de Cultura ambulante?
Isso, exatamente! Um ponto em movimento (risada). Não é um ponto fixo não, é um ponto em movimento, porque onde eu chego, eu me apresento, faço oficinas e, sobretudo, converso com as pessoas. É muito bom conversar com as pessoas sobre a nossa profissão. Em geral, as pessoas tem uma ideia completamente diferente da nossa a respeito do nosso ofício. É bom surpreendê-los também com questões que também são do dia a dia.
Que ideias diferentes as pessoas têm da sua profissão?
As pessoas pensam que artistas, no geral, são portadores de um dom, de alguma qualidade especial ou diferenciada e, na verdade, isso é falso. Os artistas são operários, como eu disse, que trabalham com essa matéria-prima que é o sentimento humano, que são os jogos, as relações. Sem dúvida é uma profissão privilegiada, mas no sentido de que nós podemos nos comunicar com muitas pessoas ao mesmo tempo. Um pedreiro dificilmente faz isso, ou dificilmente a pessoa reconhece na parede uma comunicação do pedreiro com quem habita aquela casa. Artista é uma prática como qualquer outra profissão com um conhecimento que precisa ser desenvolvido.
Então, só para finalizar a conversa, eu gostaria que você deixasse alguma mensagem, um recado para esse público que assistiu você hoje.
É possível. Quem estiver interessado em fazer qualquer coisa parecida com o que viu, que gostou do que viu pode começar a praticar, que com certeza isso é bem possível. Isso me faz muito feliz, me faz muito bem e eu estou sempre colocando o público em contato com o outro, enquanto eu estou me apresentando. Então cada vez que me apresento eu trago essa energia e quando termina uma apresentação levo para outro lugar a energia também desse público. É uma coisa maravilhosa e que eu recomendo.
domingo, 15 de novembro de 2009
Entrevista com Zé do Caixão
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Pequenas doses
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Nada como uma conversa despretenciosa dentro do carro para criar mais divagações na mente e automaticamente no blog. A conversa agora é sobre jornalismo....Esse é um trabalho que gera muitos conceitos muitas vezes românticos, glamourizados da profissão. Porém o verdadeiro glamour não é saber "tudo" o que acontece. Não é você está de terno e gravata segurando um microfone. Sentar na bancada do Jornal Nacional e falar "Boa noite"? Também não... A grande maravilha (creio que essa não seja a expressão exata, mas vamos deixar essa mesmo) disso tudo é você viver ativametne, diretamente a história. Você não fica simplesmente sentado recebendo a historia até você. Porém você vai interferir na história. Porém, por mais que você seja imparcial, não haja decisivamente na situação e só vá reportá-la, você está presente, vendo as coisas no momento real. Você presencia história. Pode ser algo restrito a pouco? Pode ser uma visão utópica de estudante? Pode ser só uma baboseira que surgiu de uma conversa dentro do carro? Pode, claro que pode. Mas quero ver alguém conseguir me provar que isso não existe e que eu não posso chegar lá.
Quem cobre um acontecimento histórico vive a história, não fica simplesmente recebendo versões da história através de uma tela. E quem disse que o dia a dia não é um acontecimento histórico? Eu vivo o dia a dia, eu vivo e faço a história. Isso é um dos meus prazeres dentro dessa profissão. Palavras nem sempre são precisas ou eficientes em expressar a verdadeira essência dos pensamentos, mas a gente tenta. E através da tentativa, erro e acerto a gente vai levando a vida, vivendo e fazendo a história.
domingo, 8 de novembro de 2009
Dinossauros nacionais
Aí tem o pessoal que fala: "Ah, mas isso não e rock, isso é pop rock". Como assim essa dupla aí não é rock? Só porque não tem o som tão pesado como outras bandas? Mas o que, por diabos, define exatamente a linha entre o que é rock e o que não é? Se dermos uma rápida olhada na nossa bíblia da internet, a Wikipédia, vamos ver que os exemplos dado para cantores pop, bandas de rock e para o pop rock são os mesmos. Todos tem aquele conceito de que pra ser rock tem que ir contra tudo, ser revolucionário e ter uma pegada agressiva. Já o pop é comercial, feito pra agradar a garotada, lançar modinha e "se vender ao sistema". BALELA, nada mais do que BALELA. O rock tem tantas divisões, subdivisões, divisões das subdivisões que é impossível você chegar a uma definição fixa, concreta. Se formos nos apegar a esses conceitos aí, eu com poucos exemplos quebro esse discurso. Nos palcos tudo se mistura, em maior ou em menor grau.
Como disse, na minha opinião, Titãs e Paralamas do Sucesso, comemorando 25 anos de estrada, é o melhor show nacional que está rodando atualmente em terras brasilis. Todos já cantaram alguma música de uma dessas duas lendas do rock nacional, não há como. As duas separadas já eram boas, quando se juntam, aí que pega fogo mesmo.
Para saber a sensação desse show, só estando no meio do público. A apresentação é contagiante, e clássicos são sempre clássicos.
Parceria com o meu SELO CYBER DE APROVAÇÃO
sábado, 7 de novembro de 2009
...
Notou que os degraus eram os seus semelhantes
Que a escada era feita de homens curvados
De crianças maltrapilhas
De velhos com fome
Pediu Perdão
Se afastou de cabeça baixa
Versos achados no bolso da jaqueta de João Augusto Diniz Junqueira, jovem brutalmente assassinado por policiais da ROTA 66 em São Paulo em 1975.
sábado, 31 de outubro de 2009
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Eu tenho medo da modernidade
Já esse vídeo aqui fala um pouco sobre a (r)evolução da internet e as consequências que ela trouxe. Muitas coisas já aconteceram, outras estão acontecendo, algumas vão acontecer mas outras eu já não acredito muito. Não acho que haverá um desaparecimento da tv como eles "profetisam", mas obviamente haverá uma revolução. O "Prosumor", o ser humano que produz e consome informação é a grande sacada. Isso sim está acontecendo em uma velocidade incrível, gerando muitas mudanças. Creio que isso ainda gerará ótimos resultados (espero muito que gere algo positívo).
Essas múltiplas identidades é outra coisa intrigante. Todos falam que podemos nos transformar em outras pessoas, assumir outra identidade. Porém, será que criando várias identidades, todas elas falsas, o indivíduo não está realmente se revelando? Por ninguém conhecê-lo ele posta e age do jeito que realmente quer, sem as amarras das repressões sociais. E algo que ainda gerará muita discussão e eu quero acompanhar atentamente cada uma delas...
Novamente eu falo que sou facinado pela tecnologia, mas está chegando um ponto em que estou ficando com medo dessas coisas que estamos criando. Encerro essa postagem com uma frase do Professor Doutor Ricardo Tescarola, da Puc-Pr em palestra na Facomb-UFG: "As novas tecnologias estão tendo que resolver os problemas que elas mesmo criaram". É algo para se pensar...
Ah se a gente soubesse....
Essas são indagações que constatemente fazemos a nossos amigos e até a nós mesmo, no íntimo de nossa privacidade... Quem nunca quis ter feito as coisas diferentes? Pois é meu caro leitor, a vida é assim, constituida de vários erros, que mais posteriormente podem se tornar acertos. Sim, podem de se tornar, tudo depende das suas novas atitudes, se aquele erro lhe causou uma mudança ou não... Mas pensamos: "Mas aí já é tarde, já erramos pela primeira vez, agora tenho que fazer o serviço duas vezes, uma pra remendar o que eu não fiz do jeito que eu queria (ou podia), e outra para não errar mais'. Sim, tem que fazer tudo duas, três, seis, vinte... quantas vezes tiver que fazer para aprender. Mesmo achando que aprendeu, você não vai ter aprendido e cometerá novos erros. É sempre assim. Não acredita? Pego uma aposta com quem for. Pode apostar o que quiser, eu dobro o valor da aposta. Vai me dizer que você nunca chegou em uma prova e viu uma questão e pensou: "putz, eu lembro do professor falando alguma coisa assim", ou então "se eu já tivesse vivido aquela situação antes, eu teria agido de outra maneira". Ou ainda, após alguma experiência, alguma viagem, você reflete: "na próxima vez eu não vou fazer tal coisa...".
Mas é assim, se tudo fosse certinho, se não nos arrependessemos do que fizemos, tudo seria tão chato... O bom da vida é a tentativa e o erro. O erro é algo essencial e fantástico, goste você ou não. A cada novo erro, novas reflexões sobre si e/ou sobre a sociedade. Novas conclusões e novas dúvidas, o que gerarão novas experiências. E o que mais é a vida se não um mix de tentativa e erro/ tentativa e acerto?
Divaguei nesse tópico? Quem disse que tem que ser tudo certinho?
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O que é bom vem até você
Acredito que esses aparatos tecnológicos para divulgação servem com uma vitrine (não sei se esse é o melhor termo). Após você ter tido um primeiro contato (sem a necessidade de fica horas procurando por algo que te agrade), você vai até esses portais e descobre mais sobre a banda. Com isso evitamos também um pouco da chamada 'geração Mp3' (termo que eu escutei pela primeira vez em uma conversa com meu amigo Guilherme Metal). Você não fica só ouvindo a música, você tem a oportunidade de descobrir um pouco mais sobre as influencias, formação e história da banda.
Nos últimos tempos escutei umas bandas que me agradaram muito. Mesmo meu gosto sendo predominantemente rock e heavy metal, as três bandas que postarei aqui sencibilazaram meus tímpanos. Estou aqui falando de gosto pessoal. Não sou crítico musical, não pretendo ter a audácia de analizar a banda e coisas do gênero.
A primeira delas é um grupo de samba-rock de São Paulo, o Farufyno.
http://www.myspace.com/farufyno
A próxima é um pessoal de Londrina que sobe no palco com um banjo, um lapsteel, um cajón entre outros instrumentos e toca um ritmo contagiante e animado. Tem muita gente dizendo que o tipo de som dos Fabulous Bandits é só uma cópia de coisas norte americanas, já são claramente influenciados pelo estilo western. Não vejo defeito nenhum em uma banda tocar e cantar coisas fora de sua realidade. Só por que eu sou brasileiro não posso falar em mesa de saloon e duelos no deserto? Se eu gosto de determinado estilo, região, época, seja lá o que for, eu não tenho que adaptalo à minha realidade para fugir das criticas e mostrar que sou um cara que ama minha cultura. Para mim isso é bairrísmo sim, não há outra explicação. Mesmo não gostando muito do vocal, a Fabulous Bandits me agradou muito.
http://www.myspace.com/fabulousbandits
E fechando esse post, recentemente escutei um grupo chamado Casca de Nós. Ainda estou conhecendo o grupo, mas é nítido que o estilo deles é uma mistura de rítmos e influencias nacionais. Desse grupo ainda não tem muitas informações tanto no myspace quanto no youtube. Porém caso queiram conhecer mais sobre o que eu to falando, aqui vai o link (disponibilizado por um dos integrantes do grupo) para download do cd do grupo curitibano. Abaixo do link tem um player com a música deles que mais me agradou.
http://www.overmundo.com.br/banco/tudo-tem-recheio-casca-de-nos-cd-completo
Viu, não foi necessário correr atrás dessas bandas, elas chegaram até você.
domingo, 25 de outubro de 2009
Vai começar o Tê-tererê Tê-tê
Sem dúvida é o maior espetáculo da Terra. Por mais parecidos que os palhaços possam parecer, eles são diferentes. Cada um, por mais que utilize piadas ou brincadeiras semelhantes ou já vistas, consegue risadas das mais variadas idades. A magia do circo é algo realmente encantadora. Há aqueles que não gostam, que tem medo, mas que em algum momento já acharam graça em alguma piada deles. Os espetáculos livres, realizados em praças ou em feiras sempre conservam acesa a chama da alegria, das brincadeiras e muitas vezes da ingenuidade. Basta ver isso nos olhos das pessoas que observam os espetáculos. São coisas tão simples, mas que em certos momentos faltam palavras para tentar (inutilmente) explicar.
Nos últimos tempos alguns palhaços/grupos me chamaram muito a atenção com um jeito diferente de provocar risadas. Piadas feitas com assuntos modernos, ou que possuem algum
ensinamento cívico são muitas vezes o diferencial desses artistas do "circo sem lona", conhecido também como rua. Chico Simões (Mateus da Lelé Bicuda), Grupo Artitude, Richard Riguetti (Café da Silva Pequeno e Psiu) e companhia Tem Sim Sinhô recebem aqui os meus sinceros parabéns e também agradecimentos por manter viva essa arte. Levar a cultura e diversão a todos, sem que haja a necessidade de uma lona, de uma mega estrutura ou até mesmo de um pagamento
Assim como nos espetáculos de rua, a entrada é de graça, mas cobramos na saída. A cobrança aqui será feita através de coisas que não façam falta a ninguém. Aceito notas de 100, 50 ou até mesmo 20. Não tem trocado? Faço troco com o maior prazer. Pode até ser um simples comentário ou uma avaliação desse post, desde que a doação seja feita de coração.
Me despeço de você, mas volto em breve, pois o espetáculo não pode parar.
Fotos:
Companhia Tem Sim Sinhô
Café da Silva Pequeno e Psiu
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Adventos da modernidade
Representação muito legal e que simboliza bem o que eu quiz dizer no post
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Aos revolucionários preguiçosos...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Para aprender...
A iluminação simples junto com as expressões de Guido prenderam não só minha atenção, mas de todo o público no teatro do Cine Ouro (http://www.goianiaouro.com/).
Os mudança entre os personagens, todos interpretados por Guido é repentina e feita através de mudanças sutis no posicionamento de um tecido que ele usa hora como elemento de cenário, hora como "roupas" do personagem. Porém, essa mudança sutiu e repentina, associada às expressões faciais deixa o espectador ainda mais atento ao espetáculo.
"Trata-se da estória de Zé Argemiro, que, entre suas brincadeiras de menino da roça, tem como favorita a de montar na garupa do boi Dourado. Diferentemente da vida normal que levam os outros meninos da sua idade, Argemiro prefere a companhia dos bois, com as quais passa horas conversando, mergulhando inclusive em sentimentos sentimentos de profunda dor e tristeza, quando algum deles morre. Tal particularidade comça a preocupar sua mãe, Maria, e, assim que ele cresce, ela trata logo de arranja-lhe um casamento. Zé Argemiro, contudo só pensa em tomar banho de rio com o boi Dourado(...). Cedendo aos apelos de sua mãe, Argemiro decide se casar com Das Dores. Entretanto, pouco tempo depois do casamento, Das Dores põe-se a reclamar de qeu o boi Dourado recebe mais carinho e atenção do que ela. Tal situação agrava-se cada vez mais, até que, enciumada e cheia de ódio, Das Dores ameaça matar o boi Dourado. Sua decisão afeta profundamente Argemiro, desencadeando nele inesperada reação."
Tão interessante quanto o monólogo é o ator. Uma pessoa muito simpática e atenciosa, disposta a atender repórteres chatos como eu após o espetáculo, mesmo estando exausto após um longo dia de gravações de comerciais e ensaios para a peça.
Caso você esteja lendo esse post e a peça estiver em cartaz em algum lugar acessível a você, não pense duas vezes, não julgue se vai ser bom o ruim, simplesmente vá, pois vale a pena. Repito, se o monólogo 'Boi' estiver em cartaz em algum lugar próximo a você, nem precisa acabar de ler esse post, desliga a agora o PC, toma um banho e vaí direto conferir. Porra, tá esperando o que sai desse computador, a vída não é só tv, cinema e pc; o teatro pode surpreender muito, falo isso por experiência própria.
Peça com o selo CYBER de aprovação.
Foto e texto retirados do encarte de divulgação da peça.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Um bate papo bem legal...
Foi muito legal ver a opinião dele sobre alguns outros aspectos como o fato dos filmes de terror terem mudado para algo mais sanguinário, a dificuldade de 'assustar' as novas gerações e também o terror como fator motivacional para crimes.
Quer conferir um pouquinho do bate papo que eu tive com esse cara? Confere aí no podcast abaixo, vale a pena...
Agradecimento especial à Gabi Nogueira do sessaodasseis.blogspot.com , que me ensinou como postar esse podcast.
domingo, 18 de outubro de 2009
Encontros e reencontros
Antes dos reencontros vieram os encontros... Dois doidos desembarcam na rodoviária de Sanca, tendo como garantia de alojamento somente dois emails de um cara chamado Juliano. Mas era indicação de uma das amizades feitas no ano anterior, então eu tinha que confiar. E não deu outra. O Juliano, assim como todos da república onde ele morava, era um cara muito bacana, bem receptivo. La Cremosita; esse seria nosso lar durante cinco dias.
Os reencontros foram acontecendo com o tempo... Durante os show as pessoas começaram a surgir. Mas será que lembravam de mim? Grata surpresa ao perceber que sim. Muitas vezes eram elas que chegavam e vinha me cumprimentar.
Novas amizades e resgates de amizades feitas no ano anterior. Só isso já fizeram valer novas 12 horas de ônibus...