terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para aprender...

Poucos e simples objetos de cena. Uma iluminação também relativamente simples, sem "efeitos pirotéticos", ou uso de muitas cores... Tudo isso fez com que o ator do monólogo se sobresaísse ainda mais. Guido Campos realmente me surpreendeu. A noite de hoje foi para eu "queimar a língua", para aprender a não julgar as coisas, achar que certas coisas não vão ser legais sem ter a menor base de julgamento.

A iluminação simples junto com as expressões de Guido prenderam não só minha atenção, mas de todo o público no teatro do Cine Ouro (http://www.goianiaouro.com/).

Os mudança entre os personagens, todos interpretados por Guido é repentina e feita através de mudanças sutis no posicionamento de um tecido que ele usa hora como elemento de cenário, hora como "roupas" do personagem. Porém, essa mudança sutiu e repentina, associada às expressões faciais deixa o espectador ainda mais atento ao espetáculo.

"Trata-se da estória de Zé Argemiro, que, entre suas brincadeiras de menino da roça, tem como favorita a de montar na garupa do boi Dourado. Diferentemente da vida normal que levam os outros meninos da sua idade, Argemiro prefere a companhia dos bois, com as quais passa horas conversando, mergulhando inclusive em sentimentos sentimentos de profunda dor e tristeza, quando algum deles morre. Tal particularidade comça a preocupar sua mãe, Maria, e, assim que ele cresce, ela trata logo de arranja-lhe um casamento. Zé Argemiro, contudo só pensa em tomar banho de rio com o boi Dourado(...). Cedendo aos apelos de sua mãe, Argemiro decide se casar com Das Dores. Entretanto, pouco tempo depois do casamento, Das Dores põe-se a reclamar de qeu o boi Dourado recebe mais carinho e atenção do que ela. Tal situação agrava-se cada vez mais, até que, enciumada e cheia de ódio, Das Dores ameaça matar o boi Dourado. Sua decisão afeta profundamente Argemiro, desencadeando nele inesperada reação."

Tão interessante quanto o monólogo é o ator. Uma pessoa muito simpática e atenciosa, disposta a atender repórteres chatos como eu após o espetáculo, mesmo estando exausto após um longo dia de gravações de comerciais e ensaios para a peça.

Caso você esteja lendo esse post e a peça estiver em cartaz em algum lugar acessível a você, não pense duas vezes, não julgue se vai ser bom o ruim, simplesmente vá, pois vale a pena. Repito, se o monólogo 'Boi' estiver em cartaz em algum lugar próximo a você, nem precisa acabar de ler esse post, desliga a agora o PC, toma um banho e vaí direto conferir. Porra, tá esperando o que sai desse computador, a vída não é só tv, cinema e pc; o teatro pode surpreender muito, falo isso por experiência própria.

Peça com o selo CYBER de aprovação.

Foto e texto retirados do encarte de divulgação da peça.

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