terça-feira, 9 de novembro de 2010

Crise no Jornalismo

Nos últimos anos, com a popularização da internet e a utilização dessa nova ferramenta para a difusão de informação, o modelo tradicional de jornalismo vem atravessando uma grande crise. Essa crise vem sendo discutida tanto no meio academico, quanto no mercado.

O público não precisa esperar até o dia seguinte para ler as ultimas notícias. Podem acessar a internet via pc ou celular e ler o que tá rolando pelo mundo naquele instante. Tem as opções de hiperlink, que podem fornecer uma contextualização melhor do assunto caso o leitor não saiba os acontecimentos que desencadearam aquela notícia que está lendo. Além do mais, o leitor faz o seu horário de notícias. Ele não precisa esperar o telejornal começar ou o impresso chegar às bancas. Com o WWW, você escolhe o horarário em que quer se informar.

Jornalistas estão perdendo o emprego em massa. Grandes empresas estão tendo consideraveis prejuizos financerios. O New York Times, por exemplo, teve uma queda de 50% nos lucros. Essa situação não se deve apenas pela perda de leitores, que passaram a valorizar mais o meio digital que o impresso. A publicidade, principal fonte de renda das empresas de comunicação, também transferiu seu foco para a web, pois consegue atingir um público mais específico, aumentando a eficiencia das campanha publicitárias. Mas falar que esse é o fim dos grandes jornais impressos é besteira. Falaram a mesma coisa quando surgiu a TV, ameaçando a existencia do rádio. Não haverá uma extinção, mas sim uma modificação e adaptação aos “novos tempos e costumes” do publico consumidor.

Esse post não é pra chorar as mágoas de um futuro jornalista desiludido com o mercado. Não, nem de longe será um post choramingando. O que está em questão no meu ponto de vista é a tríade, qualidade, quantidade e velocidade de informação. Nunca estivemos com tanto acesso às informações como atualmente. Porém essa chuva de informações tem qualidade? Será que aqui entra aquela história de que quantidade não é qualidade? A geração digital passou a acessar uma maior quantidade de informação, porém informações curtas, sem muito aprofundamento. Com isso, acostumamos a ler textos curtos, rápidos, com as informações cláras. A cada minuto surge mais conteudos online, informações, notas curtas, que facilitam a compreensão imediata e com isso o leitor consegue acompanhar mais postagens em menos tempo.

Nunca é demais lembrar: isso que eu to falando não é uma regra fixa, que todo usuário de internet só lê notas curtas, informações rápidas e tal. Mas que há uma diminuição da paciência em ler textos muito compridos, ainda mais com uma janelinha do MSN sempre piscando, ou então Orkut e Twitter te informando a cada minuto que existem novas postagens, ah, isso é verdade. Você não consegue se concentrar por muito tempo em um determinado texto, além de toda hora estar aparecendo um novo link pra você conferir algo.

Segundo Gerry Marzorati, editor da revista dominical do New York Times, “a elite intelectual nunca teve tanta informação de qualidade à disposição. Todos os grandes jornais estão online e vão sobreviver. O drama é o desaparecimento da mídia local.” Segundo Marzorati, os jornais tradicionais locais, passam a oferecer somente notícias policiais, as fofocas da TV aberta e a gritaria partidária dos canais a cabo. “É muito difícil governar com seriedade um país com uma população desinformada”.

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