terça-feira, 15 de março de 2011

#mobilizagoiás

É, eu sei, o blog tá abandonado, não precisa me lembrar disso. Mas se alguem estivesse trabalhando e estudando o tanto que estou e arrumasse tempo pra postar coisas em blog sem fim lucrativo, aí esse cara seria meu herói. Mas vamos ao que interessa.

Recentemente, por pressão do @CarlosFilhoCom eu abri Twitter e Facebook, estando agora conectado nas principais mídias. Mas vamos direto ao ponto, pois estou em aula e não posso enrolar muito pra fazer esse post. Acordei hoje de manhã e, vendo o Bom dia Goiás, percebi na prática uma coisa que vem sendo comentada dentro da universidade já há algum tempo: a internet pautando as ditas mídias tradicionais.

Uma campanha que começou no Twitter, com a hastag #mobilizagoiás, pretendia protestar contra o preço do combustível em Goiás no dia 15 de março, dia do consumidor (no caso, hoje). Tudo bem que as coisas simplesmente não brotam do nada. Lógico que os organizadores dessa mobilização entraram em contato com o jornal para garantir uma maior divulgação e cobertura. Até mesmo porque a quantidade de informação que gira na internet e a efemeridade dessas informações fazem com que os jornalistas não consigam cobrir ou lembrar de tudo.

Passando pelo local que estava se concentrando o protesto, foi possível perceber que estava mais vazio os postos, porém foi um início tímido de manifestação. Não questiono a validade ou relevancia dessa mobilização, mas o que eu chamo atenção é para a mobilização via internet, com pessoas que nunca se viram, nunca se falaram e nunca vão interagir além de um RT.

Outro ponto a ser destacado é o fato de ações que começam na internet ganherem força aos poucos, chegando ao ponto de interferir nas mídias tradicionais, as quais provavelmente não dariam visibilidade à mobilização.

Foi um tímido começo, mas um começo. E é o exemplo mais próximo que eu vi efetivamente da web pautando a mídia. #ficadica

2 comentários:

  1. Aqui eu vejo toda semana protestos organizados pela internet... na universidade, nas ruas... líbios, egípcios, canadenses, jovens, estudantes. Acho que esse é o lance legal da internet - pq muita gente se mobiliza apenas "online", e isso - ao meu ver - não é válido.

    O legal é quando a internet faz esse papel de aglutinar pessoas.

    Uma impressão interessante daqui é que, no primeiro mundo, as pessoas protestam mais do que nos países em desenvolvimento que conheço. Talvez por isso por aqui se respeitam os direitos e cumprem-se os deveres.

    ótimo blog, vitor.

    abs

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  2. Quanta honra em receber um comentário internacional. Então, acredito que tudo seja um processo, que as coisas vão se desenvolvendo. Vc, como um bom brasileiro, sabe o qnto é difícil mobilizar as pessoas, principalmente a juventude, para protestar contra alguma coisa.

    Todos ficam naquela: ah, não vai adiantar nada, não temos força suficiente e tal... tbm não concordo só com protestos online, nos quais ninguem levanta o traseiro gordo do sofá.

    mas vejo as redes sociais como um enorme espaço de interação e debates. basta as pessoas se tocarem nisso, não achar que net é só pra postar videozinhos engraçados e tentar conquistar seus 15 minutos de fama.

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